PREVENÇÃO
Campanha para diagnóstico de hanseníase inicia segunda
O objetivo é aumentar o diagnóstico precoce e identificar comunidades com hanseníase e verminoses. Asduas doenças têm cura e o tratamento é gratuito pelo SUS.
Começou nesta segunda-feira (18) a campanha do Ministério da Saúde de prevenção de hanseníase e verminoses em 9,2 milhões de estudantes da rede pública. Até sexta-feira (22), alunos de escolas localizadas em 800 municípios, com alta carga da doença, serão avaliados para diagnóstico precoce das duas doenças. A campanha foi lançada oficialmente nesta segunda-feira, em Recife (PE), pelo secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
Com o slogan “Hanseníase e Verminoses têm cura. É hora de prevenir e tratar”, a campanha tem como objetivo aumentar o diagnóstico precoce, além de identificar comunidades em que as duas doenças ainda persistem.
Durante toda esta semana, agentes comunitários de saúde e profissionais da Estratégia de Saúde da Família e das Unidades Básicas, visitarão as escolas em busca de alunos que apresentem sinais e sintomas das doenças. Os casos suspeitos serão encaminhados à rede básica de saúde para confirmação e início imediato do tratamento.
Na solenidade de lançamento da campanha, o secretário de Vigilância em Saúde destacou a importância do diagnóstico e tratamento. “A hanseníase tem cura e, quando a pessoa começa o tratamento, a transmissão é interrompida quase que imediatamente”, alerta Jarbas Barbosa.
O secretário ressaltou que a doença é rara em crianças, mas quando ela é portadora é porque alguém na família ou na comunidade possui hanseníase. “Nosso objetivo é duplo: detectar o caso, tratando a criança, e também descobrir outros casos na comunidade que possam estar perpetuando a doença”, explicou Barbosa.
A campanha também pretende reduzir a carga das verminoses (parasitas intestinais conhecidos como lombrigas, que causam anemia, dor abdominal e diarreia). Estes parasitas podem prejudicar o desenvolvimento e o rendimento escolar da criança. O tratamento, em dose única, será realizado por profissionais de saúde nas unidades básicas, após consulta para autorização de pais ou responsáveis. Esta ação também prevê a distribuição de 10 milhões de cartilhas para orientação dos professores e estudantes, com esclarecimentos gerais sobre as doenças.
Com relação à hanseníase, o diagnóstico será realizado com a ajuda dos professores, pais ou responsáveis. Os professores irão distribuir aos alunos formulário com perguntas sobre sinais e sintomas da doença, a ocorrência de algum caso na família e um desenho do corpo humano para identificação do local de alguma mancha. Os formulários, que deverão preenchidos com a ajuda dos pais ou responsáveis, serão enviados às secretarias municipais de Saúde, que ficarão responsáveis pelo encaminhamento dos alunos, com manchas sugestivas de hanseníase, às unidades básicas de saúde. Com a confirmação da doença, o estudante receberá tratamento gratuito. A previsão de cura é de 12 meses após o início do tratamento.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza medicamentos gratuitamente para o tratamento e treina os profissionais de saúde para o atendimento. A hanseníase é transmitida de pessoa para pessoa por quem tem contato muito próximo e prolongado com o doente, dentro do núcleo familiar ou da comunidade em que vive. Geralmente, não é transmitida dentro de um ônibus ou num local público. A hanseníase tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio. O tratamento é gratuito e eficaz, com duração média de seis meses a um ano.
Fonte: portalsaude.saude.gov.br
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